PÓRTICO INTERIOR
Igreja da Abadia Franciscana do Bom Jesus
(note-se a estrutura QUEIMADA no PÓRTICO)
Actual "Capela Militar" do Bom Jesus do Bom-Fim
Obra Coroada
Começamos com um acontecimento que os média transmitiram, dentro da campanha para convencer o mundo - entre atentados à figura de budas inocentes e a despiadada pressão sobre as mulheres usando burka - que era necessário invadir o Afeganistão. A aldeia global, os "aliados occidentais" (sempre sorridentes à mesa das negociações quando o "inimigo" é comum e tão frios e calculistas a competir através das respectivas economias locais) eram assim sensibilizados para a barbárie que - entrado o século XXI - uns seres bizarros - de barba e apelidados de "fundamentalistas" realizavam contra obras de arte "património da humanidade"....
Buddhas de Bamiyan - LINK
Catedral de Tude - detalhe - pilar OESTE
CLAUSTRO
Igreja do Bom Jesus - Topo de Escadaria actualmente virada a Norte - outrora a Oeste no lado ESQUERDO do Pórtico
(Outrora correspondente à parte interna do Recinto da Abadia)
Aqui - nesta nossa terra - almejasse a ser património da humanidade, a estar irmanado em eurocidade com Tui...
Assim - com esta intenção - convém evocar em FIRME e VERDADEIRA estrutura de COERÊNCIA uma época recente da história moderna desta nossa localidade - entre o "iluminismo" e o "liberalismo" de fachada - trazendo IDEAIS NOBRES e concretizando em crimes hediondos contra os mesmos valores pregados - seja por delapidar património de TODOS, seja por ocultar, transgiversar, suprimir ou acrescentar factos que a TODOS DIZEM RESPEITO por ser HERANÇA COMUM e UNIVERSAL de todo e qualquer Valenciano (de todo e qualquer Português).
Estes factos consumam-se com o laxismo das pessoas da época, com o colaboracionismo das que se encontram vinculadas aos grandes aparatos da história (como a igreja) e aos líderes que assim permitem e assim operam desde faz milénios...
Prelados ou Veneráveis... mão esquerda e direita que se abraça ou se oprime conforme os tempos... esmagando no seu devaneio os povos que supostamente deveriam servir...
Área ampliada- Planta ORIGINAL da Fortaleza
Igreja S. Estevam
(tal como se vê nas pedras de fundação ao lado esquerdo da fachada da "actual")
Vista ampliada - Igreja do Bom Jesus da ABADIA Franciscana de Valença
Entrada ao Público assinalada
Villalobos - 1653
Uns e outros, sempre de mãos dadas - apresentam zangas aparentes - dignas de bons namorados e é o povo: na figura dos seus letrados (pedreiros, canteiros, carpinteiros entre outros heróis incógnitos), assinalando a verdade onde outros a encobrem, que mantém viva a memória que se escreve e reescreve nos livros, nas grandes lápides e nos ostensivos brasões - supondo que o povo nem se imuta nem se preocupa - impondo assim a mentira e a ignorância que hoje vemos destruir as bases de alicerce da nossa sociedade em termos de VALORES FUNDAMENTAIS.
Igreja do Bom Jesus (Obra Coroada)
Detalhe do lateral esquerdo TAIPADO
Corresponde à ENTRADA ORIGINAL
Quando se encontrava na ABADIA do BOM JESUS na VILA
Onde existem valores há de certo virtude; e onde há virtude - o vento e a tempestade têm uma tarefa dura para abalar os alicerces das gentes e da sua humanidade.
Esperamos, com este pequeno contributo - que os alicerces da nossa terra e das nossas gentes estejam cada vez mais firmes e sujeitos a uma história tão verdadeira quanto os factos que les mesmos por si próprios possam contrastar.
Igreja do Bom Jesus (Obra Coroada)
Detalhe do lateral esquerdo TAIPADO
Esquina Superior Esquerda com MURO ANTERIOR em ENCAIXE EXPOSTO
As outras - as histórias - são como bons filmes ou livros:
ficam bem se forem encaradas como ficção e são veneno nocivo se forem dadas a provar como a "verdade".
Disso já tivemos prova entre prelados e veneráveis por igual... a mentira é mentira - nada mais a acrescentar.
Igreja do Bom Jesus (Obra Coroada)
Detalhe do lateral esquerdo TAIPADO
Localização ORIGINAL da IGREJA do Bom Jesus
INSERIDA na ABADIA das Franciscanas com o mesmo Nome
Planta Segundo Villalobos - 1653
Assim - dito isto: vamos aos PASSOS.
Passoa passo - em VERDADE: estrela fixa que não engana, encandeia ou desaparece - vamos entrando no regresso às origens.
Ou seja - quanto mais "recordemos" acerca daquilo que somos, da nossa COMUM HERANÇA - em VERDADE estaremos MAIS PERTO DO CENTRO: SANCTUS, DEVOÇÃO, ÁGAPE - coisas gerais que traduzem pequenas verdades ao longo do caminho.
Planificação da TRANSFERÊNCIA da Igreja do Bom Jesus
Note-se o local ainda não preenchido por edifício na zona da Obra Coroada
Planta Segundo Villalobos - 1713
Creio também que - caminhando caminhos diferentes - percorremos o mesmo percurso: que se vai REVELANDO em ESCOLHAS CONCRETAS.
Planta de Valença - 1765 - CONSUMADA a Transferência da IGREJA do Bom Jesus
Apenas resta o Claustro servindo de habitação parcial a Militares
Champallimaud Nussane Castro - 1766
O Tempo é UMA MEDIDA DE QUALIDADE que o SER regista na função do seu CRESCIMENTO.
Repetir os mesmos erros - uma e outra vez; apagar ou reescrever a história - anulando assim a responsabilidade e os responsáveis às consequências dos seus actos é condenar-se a cair numa espiral que - inevitavelmente - levará à repetição e perpetuação através das gerações da veleidades que se não ousem parar com determinada opção.
Como diriam uns senhores antigos, gratos à memória de muitos:
Non Nobis Domine (...)
Falta apenas referir - que entre 1653 e 1766 não houve nenhum GRANDE INCÊNDIO em Valença - que levasse a que se queimassem as Igrejas do Bom Jesus, a Abadia com o mesmo nome ou a capela dos passos denominada ECCE HOMO.
Sabemos - sim - que em 1754 - um terrível incêndio destruiu a Abadia do Bom Jesus, levando à transferência da maior parte das irmãs para Braga, e à dissolução da abadia em 1769, após a resistência sem apoios da Abadessa e um número restrito de irmãs.
Sabemos das proibições inicialmente desenvolvidas por D. José, pela expulsão dos Nuncios Apostólicos por D. João V após 1728 e do clima Neo-Liberal que a aristocracia promovia em detrimento das tradições seculares do povo.
Estas histórias - lamentávelmente - repetem-se de uma forma cíclica, na qual a agregação e desagregação de valores FUNDAMENTAIS marca a pauta entre a harmonia e a sua antítese.
Condena-se a destruição de património universal em culturas como a Chinesa baixo a sua revolução cultural, ou mesmo a a Alemã baixo o período Nacional-Socialista...
Assim é sempre tempo de conhcer, reconhecer e melhor compreender a nossa.
Hoje - como outrora - confrontamos esta mesma desagregação da identidade nacional, dos estereótipos e dos valores essenciais que - até aqui - trouxeram a humanidade a bom porto.
Cabe elucidar, procurar discernir e afiançar os pés em pedra sólida, mais do que na lama das histórias mal contadas por quem manda ou pensa mandar.
Aqui não vemos diferenças entre o "conto do vigário" e a astúcia do venerável,
Bem haja... encontramo-nos na próxima edição junto das capelas dos passos e os múltiplos enigmas que as acompanham...
DAP