algurs no Minho
Farruco… lindinho…
Numa certa terra
Num lugar de nome irreal
Banham-se as gentes
Nas paisagens dos montes
Para curar o seu mal…
Num lugar de lume
Onde o chocolate cheira a cal
Esquece a gente que passa
O nome que fez o vento voar
Chocolates dia e noite
Fábricas de encantar
Serão estrelas candentes
Num certo dia, num certo lugar
São as coisas da magia
Deste precioso lugar
Quando celebram as gentes
A sua história – viva – a contar
São casas de chocolate
São montes a iluminar
São parques de gente viva
Entre flores plantadas
Por quem neles passear
descobertas sentidas
Farrucos – Fábricas devidas
mão em mão da mesma voz especial
Dos Nossos curmáns, dos primos e dos irmáns…
São os passos
de ecos baços
que ninguém se atreve
a denunciar
Preenchem-se lojas
De internacional
Preenchem-se as vidas
De quem vai mal
Preenchem-se as alegrias
De um saber tradicional
Das épocas
Nas que o S. João
Era Igual
Argas de sonho
Lugares de encanto medonho
De norte a sul deste lugar
Touros de casta
De onde vieram esses
Que não de quem os pasta
Nem de quem os ousa confrentar?...
Como dizer a um homem
Que é cão
E esperar
Que assim
Se levante do chão
Alcunhas
E coisas mais
nestes tempos
Intemporais
Vivas vozes
Dizendo
Muito mais
Juntas
Cantando
Somos todos iguais
Vivemos pelos ideais
Vemos as flores de primavera
Ser frutos de vida vera… e muito mais
Chaga-se ao dia…
Partiu a mais-valia
Ficou a SAUDADE, MORRIÑA, AÑORANZA
Que é um sentir
Que apenas o Português sabe traduzir…
E ainda assim
PODEMOS
vida
Divertida
E Vale a pena evocar
A lírica trovadoresca
Este precioso lugar
D. Dinis
Que aqui não soube
O seu digníssimo nome marcar
Quinze quilómetros mais ao lado
Assenta arraial
Um certo lugar
Apinhado (pinhas de Breogán)
De gente para acampar
Um teatro de encantar
Um quilómetro mais perto
De um outro lugar
Onde haverá esse para sentar
Flores a metros
Muralhas deluz e de encantar
Teatros abertos
Folia e Vida neste preciso lugar…
São como tapetes floridos
Num certo lugar
Umas noites inteiras
Muralhas verdadeiras
História antiga
A primeira
A apontar
Esferas de luz
Semente que produz
Vida
Amizade
E tempo para se partilhar…
Transformam-se os bronzes
Que trovejam
Em chuvas de Primavera
Benfazeja
Existem flores
Que se podem por bem
Partilhar
Ninguém as traz
Ninguém os leva
Para sua casa para cear
Ninguém nelas fica
Para morar
São coisas que parecem
Que se não esquecem
E - no entanto
Só por enquanto
Estamos aqui nós todos
Para ajudar
Se a rainha de Espanha
Viesse a Portugal
Lembrava-se o eco bem forte
De quando aqui não havia nobre
E a rainha era de todos por igual