segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Nomes...


algurs no Minho





Farruco… lindinho…

Numa certa terra
Num lugar de nome irreal
Banham-se as gentes
Nas paisagens dos montes
Para curar o seu mal…

Num lugar de lume
Onde o chocolate cheira a cal
Esquece a gente que passa
O nome que fez o vento voar

Chocolates dia e noite
Fábricas de encantar
Serão estrelas candentes
Num certo dia, num certo lugar

São as coisas da magia
Deste precioso lugar
Quando celebram as gentes
A sua história – viva – a contar

São casas de chocolate
São montes a iluminar
São parques de gente viva
Entre flores plantadas
Por quem neles passear

descobertas sentidas
Farrucos – Fábricas devidas
mão em mão da mesma voz especial
Dos Nossos curmáns, dos primos e dos irmáns…

São os passos
de ecos baços
que ninguém se atreve
a denunciar

Preenchem-se lojas
De internacional
Preenchem-se as vidas
De quem vai mal
Preenchem-se as alegrias
De um saber tradicional
Das épocas
Nas que o S. João
Era Igual

Argas de sonho
Lugares de encanto medonho
De norte a sul deste lugar

Touros de casta
De onde vieram esses
Que não de quem os pasta
Nem de quem os ousa confrentar?...



Como dizer a um homem
Que é cão
E esperar
Que assim
Se levante do chão

Alcunhas
E coisas mais
nestes tempos

Intemporais
Vivas vozes
Dizendo

Muito mais
Juntas
Cantando
Somos todos iguais

Vivemos pelos ideais
Vemos as flores de primavera
Ser frutos de vida vera… e muito mais

Chaga-se ao dia…
Partiu a mais-valia
Ficou a SAUDADE, MORRIÑA, AÑORANZA
Que é um sentir
Que apenas o Português sabe traduzir…
E ainda assim
PODEMOS

vida
Divertida
E Vale a pena evocar

A lírica trovadoresca
Este precioso lugar

D. Dinis
Que aqui não soube

O seu digníssimo nome marcar
Quinze quilómetros mais ao lado
Assenta arraial
Um certo lugar
Apinhado (pinhas de Breogán)
De gente para acampar

Um teatro de encantar
Um quilómetro mais perto
De um outro lugar
Onde haverá esse para sentar

Flores a metros
Muralhas deluz e de encantar
Teatros abertos
Folia e Vida neste preciso lugar…

São como tapetes floridos
Num certo lugar
Umas noites inteiras
Muralhas verdadeiras
História antiga
A primeira
A apontar
Esferas de luz
Semente que produz
Vida
Amizade
E tempo para se partilhar…


Transformam-se os bronzes
Que trovejam
Em chuvas de Primavera
Benfazeja
Existem flores
Que se podem por bem
Partilhar
Ninguém as traz
Ninguém os leva
Para sua casa para cear

Ninguém nelas fica
Para morar
São coisas que parecem
Que se não esquecem
E - no entanto
Só por enquanto
Estamos aqui nós todos
Para ajudar

Se a rainha de Espanha
Viesse a Portugal
Lembrava-se o eco bem forte
De quando aqui não havia nobre

E a rainha era de todos por igual


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