Bênção de Santa Clara
"O senhor Todo-Poderoso vos abençoe;
volte para vós os Seus olhos misericordiosos,
e vos dê a Sua paz! Amém.
Derrame sobre vós as Suas graças em abundância,
e no céu vos coloque entre os Seus santos! Amém.
Que o Senhor esteja sempre convosco,
Assim, depois de DISCERNIR as várias CONFUSÕES
(como a que se fere de seguido, confundindo a Igreja de S. Estevam com a Igreja Matriz de S.tª Maria dos Anjos - autoria esta do próprio Município):
Igreja Matriz de Santo Estêvão | Igreja Matriz de Valença
Passamos a EXPLORAR a verdadeira DIMENSÃO do que até agora apenas foi IMPLICITAMENTE abordados nos vários posts relativos às incongruências da nossa história.
De forma sumária, ILUSTRAMOS a exposição que se pretende ( a da história "perdida" da NOSSA ABADIA FRANCISCANA), através da aproximação gradual às entidades, contexto e pessoas que - essas sim - FORAM SERES HUMANOS REAIS, NUM CONTEXTO PARTICULAR, NESTA NOSSA TERRA.
Assim, vamos à descrição sumária do que implica a vida de uma irmã Clarissa de clausura (curiosamente, existindo instituição gémea, na gémea cidade de Tude - como há o Tuido em Valença - e muitos outros temas de interessa na nossa história anterga, sobretudo por motivo da permissão de entrada das linhagens Almorávides aquando do governo Suevo-Visigodo dos nossos ancestros - estes serão temas dos próximos posts).
Assim, vamos à descrição sumária do que implica a vida de uma irmã Clarissa de clausura (curiosamente, existindo instituição gémea, na gémea cidade de Tude - como há o Tuido em Valença - e muitos outros temas de interessa na nossa história anterga, sobretudo por motivo da permissão de entrada das linhagens Almorávides aquando do governo Suevo-Visigodo dos nossos ancestros - estes serão temas dos próximos posts).
Assim, e utilizando fonte eclesiástica gerida na PRIMEIRA PESSOA, vejamos o que nos conta uma IRMÃ de congregação afim de LISBOA:
"A Ordem de Santa Clara é contemplativa e vive a clausura. As religiosas vivem um dia de oração intensa, no qual são recordadas as necessidades da Igreja e do mundo.
Há sempre a ideia que as irmãs contemplativas apenas rezam… Ou fazem outros trabalhos?
MJ - Eu costumo dizer que “só caminha quem está parado”, é uma contradição. Caminhar na vida não significa andar com os pés, avançar só se consegue quando se pára. A vida contemplativa é um caminhar parado. Há outra dimensão: ao estarmos de joelhos, os nossos joelhos dobrados são a força de muitos pés a andar, isto quer dizer que continuamos a andar nos pés de muita gente, carregamos as dores, as alegrias, as esperanças de todos um povo.
Contemplativos somos todos, é um dom, uma pequena semente que está no coração de todos. Lá por eu estar na vida contemplativa não quer dizer que seja detentora do grande dom da contemplação. O facto de estar em clausura é fazer parte deste corpo místico de Cristo em que todos somos necessários, os que trabalham e os que rezam, e as duas partes complementam-se e é necessário uma graça para ambos. Ninguém trabalha isoladamente, porque o grande segredo da Igreja é a comunhão. Vivemos uns para os outros e neste espírito de oração.
Os contemplativos também caminham, mas de uma forma diferente, mas somos o motor. Precisamos dos irmãos da vida activa porque eles são o conforto da nossa oração e é muito bonito estarmos a rezar e ouvirmos falar dos frutos de lá de fora. Assim como quando há sofrimento, os irmãos saberem que há irmãs que estão em contínua oração por eles, andamos assim com todos os irmãos. Não gosto de separar a vida activa e contemplativa, porque activos somos todos mas também podemos ser todos contemplativos. Ninguém está parado…
MJ - Somos 8 irmãs. Costumo dizer que para o nosso tempo já é muito! Há trinta anos atrás 8 irmãs seria pouco, eram comunidades grandes. Não é uma situação alarmante, não nos devemos preocupar porque tudo isto pertence a Deus e se não há vocações não deve ser visto como algo grave. Se as pessoas querem viver de outra forma o nosso dever é respeitar, porque cada um de nós assume as consequências da sua própria vida. Oito irmãs parece pouco, mas o pouco para Deus é muito!"
FONTE: AGÊNCIA ECCLESIA (entrevista a uma irmã Franciscana Clarissa de Clausura)
Não sendo o autor deste blogue particularmente "adepto" das equipas de fé (dado que é uma característica humana UNIVERSAL - a fé - que as religiões parecem ter monopolizado - traduz o foco de atenção em algo positivo inerente à HUMANIDADE em GERAL:
a tendência natural a melhorar-se partindo de uma base alicerce de pendor harmonioso),
"Universal"
católico
católico
e
"Romano"
adscrito a um ESTADO e uma HISTÓRIA concretas, que não a de TODOS OS OUTROS POVOS, CULTURAS OU FORMAS de VIVENCIAR essa mesma UNIVERSALIDADE HUMANA e TRANSCENDENTE.
Tendo encontrado as mais diversas pessoas "de acto e vivência plena e coerente" - sendo estes "enviados" a todo aquele que os encontrar (apóstolos) e com eles partilhar a
PLENITUDE e COERÊNCIA de estar e ser HUMANO de PLENO DIREITO:
LIVRE
- de acordo com a mensagem de
"boa nova" - "evangelho":
vivendo na confiança, no bem fazer e sem temer aquilo que entendemos como "morte" e os seus subtis derivados
- o medo, a dúvida e a falta de crença positiva na vida e o seu sentido intrínseco.
Estes seres - HUMANOS - existem: desde a montanha de Timor Leste ainda não "evangelizada" (pois já vivem a "boa nova" sem que ninguém lhes tenha dito nada que já não VIVENCIASSEM), até ao vários PEREGRINOS deste caminho que chamamos "viver":
- com os que partilhamos o espaço e tempo e com os que somos -
ÓBVIAMENTE
Irmanados...
pelo simples facto de estar
HUMANOS
HUMANOS
(logo - gerados pelo mesmo princípio universal que tudo harmoniza e sincretiza - por muito que a mente obtusa tenha dificuldade em assumir a sua LIMITADA função de DEFINIR e CIRCUNSCREVER um TODO MAIOR do que É PARTE INTEGRANTE).
Assim sendo, e com todo o gosto de me irmanar com todo e qualquer ser humano que partilhe os mesmos valores UNIVERSAIS, que promovem a vida e o seu SENTIDO e que caminhem trilhos de virtude demonstrada com FRUTOS de coerência, verdade, harmonia e integração, caminho desde faz alguns anos o Primeiro Itinerário Cultural Europeu:
a via láctea ou estrada de santiago, vista desde o seu prisma concreto no Caminho de Santiago que circula pelas mais diversas vias de acesso até à província da Corunha, na Capital da Região Autonómica da Galiza:
Santiago de Compostela.
Durante esse caminho de Santiago, que recorro com a frequência que vida me permite, enquando percorro as veredas que trazem desde os Pirinéus, ao passar pela Cidade Leão (com um dos mais belos Panteões Reais que já vi)
acostumo a pernoitar no refúgio para peregrinos que existe nas instalações anexas ao convento de clausura. No desenvolvimento da LITURGIA DAS HORAS, os peregrinos são convidados a participar com a comunidade na celebração das VÉSPERAS.
Nestas, os peregrinos são preparados para responder na oração comum e - ocupando o centro da capela anexa - partilham o mesmo espaço que as irmãs, MAS SEPARADOS POR GRADEAMENTO que rodeia a estrutura central que RODEIA AS IRMÃS....
Tendo OBSERVADO esta dinâmica várias vezes,muito me espantou verificar que a nossa "IGREJA" de S. Estevão, está GRADEADA de forma similar, separando as ALAS LATERAIS e o ALTAR MOR do CORPO PRINCIPAL onde se encontram os bancos para os assistentes.
Porque teria uma igreja paroquial GRADEAMENTOS a separar as laterais e o altar mor?
(este altar era normal estar separado do público por um portão, até à entrada em vigor do concílio vat. II que retirou esta separação a partir de 1963-64);
Assim, tal não é o ESPANTO, ao DESCORTINAR que, a "IGREJA" de S. Estevão CONTÉM a mesma ESTRUTURA de GRADEAMENTO, atempadamente CORTADA, mas que - no entanto - mantém as suas BASES nas paredes de granito onde se encontrava FERRADA:
parede lateral - direita - primeira série de colunas orientada para altar mor
detalhe: marcas de ferragem ainda com elementos de FERRUGEM na parede
ALTAR MOR - ambão - ferragem e marca posterior de cimento de cobertura
detalhe: ferragem coberta de cimento e ferrugem detrás do anjo da direita - frente à capela do Santíssimo
ferragem coberta de cimento e ferrugem detrás do anjo da direita - frente à capela do Santíssimo
ferragem e zona de ferrugem - coluna da capela do santíssimo
detalhe: ferragem e zona de ferrugem - coluna da capela do santíssimo
ferragem - coluna da capela do santíssimo - lado da sacristia
detalhe: coluna lateral - lado da capela do santíssimo - ferragem e ferrugem
coluna lateral - lado da capela do santíssimo - ferragem e ferrugem
coluna lateral direita - frente ao sagrado coração de Jesus - ferrugem
coluna posterior - lado direito do corpo da "IGREJA" - ferragem coberta a cimento e ferrugem anterior
ferragem baixo púlpito - lateral direito do corpo da "IGREJA"
detalhe: ferragem baixo púlpito - lateral direito do corpo da "IGREJA"
ferragem coberta a cimento - lateral esquerdo- topo frente a capela de pia baptismal
ferragem baixo pulpito esquerdo - zona de N. Senhora de Fátima
ferragem coberta a cimento - coluna posterior - lateral esquerdo - entrada da "igreja"
ferragem e zona de ferrugem junto a ambão - lateral esquerdo do altar mor
Esta estrutura, descreve um rectângulo, cobrindo os corredores laterais da capela do santíssimo e da capela da pia baptismal - limiitando na sua fronte, o acesso ao altar MOR.
Assim os SECULARES, ocupavam o CENTRO (atuais bancadas da zona central) estando as irmãs colocadas nos laterais e zona de altar mor - por onde têm PORTAS DE ACESSO para a zona anteriormente dedicada à ABADIA, antes da sua desconfiguração e RELOCAÇÃO do CORPO da ESTRUTURA no que actualmente interpretamos como "IGREJA de S. Estevão.
Dito isto, falaremos no próximo capítulo, da localização da HUMILDE IGREJA de S. Estevão ORIGINAL e entraremos nos detalhes que ENVOLVEM o que conhecemos actualmente como "IGREJA MATRIZ" e a sua estranha parelha - a IGREJA "da MISERICÓRDIA".
Deixamos apenas no ar a coincidência GEMELAR - entre a ABADIA FRANCISCANA de TUDE e VALENTIA e a MESMA IMAGÉTICA das IGREJAS de MISERICÓRDIA de AMBAS as LOCALIDADES.
Saúdo Fraterno
DAP