terça-feira, 26 de março de 2013

A MISERICÓRDIA DE SANTO ESTEVAM PII



"E no primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro.


Correu, pois, e foi a Simão Pedro, e ao outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Levaram o Senhor do sepulcro, e não sabemos onde o puseram."
João 20:1-2




A Primeira... a "anunciar" a boa nova... mesmo à revelia dos onze que nela não acreditaram... Maria... a da Torre... a da casa do Pão... a exaltada... sendo humilde e humilhada... a que se ergueu do pó...

Continuando o périplo pela(s) história(s) deValentia, analizemos um pouco mais o que implicava uma abadia, quais a s atribuições das ABADESSAS e quais os paramentos, vestes e símbolos habituais entre elas... compreenderemos assim melhor a história de Valença... a que - a mim e a ti - nos TIRARAM.



Os abades têm direito a usar brasão de armas segundo as regras próprias da heráldica eclesiástica. O Abade apõe ao seu brasão o capelo negro de 12 borlas e o báculo abacial (difere dos báculos episcopais devido a ter um lenço preso no topo). 





Já o Abade Territorial apõe ao seu brasão o capelo verde de 12 borlas (próprio da dignidade episcopal, pois tal como os bispos também os abades territoriais administram uma circunscrição territorial) e o báculo abacial.





BÁCULO ABACIAL
FONTE: WIKIPÉDIA


Abadessa é um cargo religioso de primeira dignidade numa comunidade de religiosas que se divide em várias formas.

Assim termos: a abadessa geral, aquela cuja autoridade se estendia a todas as abadias da mesma ordem e a abadessa secular, aquela a quem era dado o governo temporal de uma paróquia com obrigação de apresentar ao bispo do lugar um sacerdote idóneo para curar as almas. Assistia e parece que por vezes presidia às assembleias eclesiásticas.

As abadessas eram electivas, havendo abadessas perpétuas eleitas para mandatos vitalícios.


Abadessas: Modelo de BÁCULO
FONTE: WIKIPÉDIA


Cadeira "episcopal" com BÁCULO de ABADE(ssa)
Igreja de S.to Estevão - VALENÇA do Minho

mitra (do grego μίτρα: cinta, faixa para a cabeça, diadema) é uma insígnia pontifical utilizada pelos prelados da Igreja Católica, da Igreja Ortodoxa e da Igreja Anglicana, sejam eles: abades, bispos, arcebispos,cardeais ou mesmo o Papa. A mitra é a cobertura de cabeça prelatícia de cerimônia.




Báculo e Mitra: abadia ou episcopado?

Vamos ESCLARECER se - EFECTIVAMENTE - as ABADESSAS usavam A MITRA e o seu BÁCULO com forma PRÓPRIA e LENÇO

Detalhe de CORTE baixo MITRA


"A primeira concessão de uma mitra a um abade data do ano 1063, quando o Papa Alexandre II concedeu a mitra ao abade Egelsino, na Abadia de Santo Agostinho, em Cantuária. Desde então as concessões aos abades foram aumentando até se generalizarem."

"O direito de usar a mitra pertence somente ao papa, aos cardeais, aos bispos e abades. Porém houve alguns privilégios a prelados menores como dignitários de cabidos, prelados da Cúria Romana, e Protonotários Apostólicos, porém este uso era bem limitado. 

A mitra chegou a ser permitida ainda às abadessas de mosteiros femininos."

FONTE: WIKIPÉDIA


Dito isto, tendo em conta que não houve cadeira episcopal em Valença - pois os cónegos renegados de Tui, no cisma dos papas de Avigñon, nunca foram eles mesmos ordenados como bispos: 

Ficando apenas esta simbologia RESTRITA A ABADES (não houve ABADIA MASCULINA em Valença), apenas nos resta AFIRMAR que a cadeira ABACIAL PERTENCE, sem margem para DÚVIDAS - a UMA ABADIA FEMININA

a única que houve em Valença e que foi DELAPIDADA dos seus bens e insignias após o já DOCUMENTADO INCÊNDIO de 1754.


No terceiro capítulo analizaremos em pormenor, o "misterioso" incêndio que alastrou por toda Valença em 1754.





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