sexta-feira, 25 de abril de 2014

O tempo que chora - uma bandeira além da memória - quando o céu se esqueceu de amar e a terra deixou de chorar





Sereias

De outrora
Agora evocadas…

Que já mais não tema
Quem tenha em si
A chama plena

Que passe além
da guarda
Da rocha

Da sombra

Do canto

E do encanto

Que leva
Ao sobressalto


De despertar do sonho
Sem algo novo

na palma e no abraço

à verdade escrita
na linha entredita
que se transformou

em onda
e se animou
e solta
e se deixou
 levar

na letra 
a pautar

e assim animou
sem animar

e assim revelou
sem nada notar


e assim disse 
sem uma palavra afirmar…

"polvo seremos... pero polvo enamorado"


quinta-feira, 10 de abril de 2014

Charadas à moda da terra...

Perdido…

Talvez nunca tenha acontecido
Sentires
Que estavas assim
Sem norte

Sentires
Que as sorte
O teu garante
Se mantinha a leste

Sem que o que deste
Tivesse mais sentido
Do que o próprio
Sentido perdido

E assim
Te importe
De novo
Sentir
Procurar

 E ir

Sem fugir
Encontrar

Em cima
De ti

O que por dentro
Estava

Sem fundamento

Uma história
Que mais não acaba

Existir…

Perseguir
Linhas e nortes

Iguais
A tantas
Outras sortes

Demais…
E
de repente
Além do medo
E da sua serpente

Intuir

Sem que ninguém to diga
E agir
Sem que ninguém to peça
E sentir
Sem que ninguém te faça de novo 

fugir

E ir
Além do que o tempo
Diz
Além do pensamento

assim

já mais
se
pode

definir

E agir
Sem agir

E estar
Simplesmente


A vibrar
E vivenciar
E ver
Os olhos
Da mente

Que te contemplavam
De uma outra forma

E olhá-la

Já mais
Não escrava


E vivenciar

O que outros
De tantas outras formas
Não escritas
Tentaram

De formas
Leves
Descritas

Pelos ventos
Pelos tempos
Nos que te eleves




Até que as flores
Que entrevês
Sejam
Todas

Iguais…

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Despertares





Betão e Coração



Como poderá um mundo novo despertar?...

Entre tanta flor sem vida
Tanta espécie
De perspectiva
Sempre
Sempre
Igual?


Pergunta...

Desenvolvimento local – uma verdade ideal (algo concreto ou pontual)


O desenvolvimento local – em termos específicos – implica uma relação de sinergias…

Implica que – se se partilha – se desenvolva mais –valia…
Se se mostra e demonstra – essa mais valia avança

Seja noite, seja dia
Seja jovem, ancião ou criança…

Implicar traduz a forma de ser… implica aprender…
Aspirar
Perseverar
Confiar…
E – talvez descobrir
No início
O que se aprende
No final…

Ou seja – desglosar

Seja a imagem do espelho
Que se tem
E se deseja ver
Seja a que existe
Desde sempre
Sem o saber…

A imagem de uma certa terra
De um certo ideal
A desenvolver
Seja um princípio
De irmandade
De equanimidade
Seja uma certa verdade
Que pode
Em ti
E emmim
Assim gtransparecer
Seja um rosto sem idade
Visto
Desde dentro
Sem vaidade
Desde fora
Admirado
Sem ninguém o saber…
Seja uma forma nova
De dar origem
Ao que por dentro
Se chora
Ou simplesmente
Sorrir
Por assim
O ver renascer


As coisas desta vida
Convidam
A desenvolver
Princípios de sinergia
Sem que ninguém saiba
De onde veio
Ou quem o fez
São as coisas
Mais altas
Que ultrapassam
As imagens baças
Que se passam
Entre espelhos
Sem graça
Que reflectem
Outras imagens
Que não as próprias
As escondidas
As prometidas
As sentidas
Ou intuídas

Assim Transformadas
Pelas próprias vidas
Entre nós
Por nós partilhadas…

Naquela
Naquele
Que assim se queria ser
Ou assim
Se ver
Ou assim ajudar
A nascer

Uma pergunta sem importância
Entre tanto esquema
De grande sentido
E de tanta preponderância

Qual o sentido
Que por dentro
Se entrevê?

Qual o sentido
Que fez esta terra ser…
Qual o seu sino


Qual o destino
Que inicialmente
Se gravou
Desde sempre se sustentou
Qual a vida
Que se promete
Qual o sentido
Que em si mesmo se repete?...

Que se aspira a ser
Qual o verso renascido
Que palpita
Sustido

Sem assim poder acontecer?