sexta-feira, 27 de setembro de 2013

SE...

Praia Fluvial da Senhora da "Cabeça" - Valentia
Manhã de 27 de Setembro

Se


Se, o nosso rio é límpido, transparente, mágico, envolvente…

Se a nossa gente é pura… e aspira… à alvura…

Se o tempo que passa é a promessa baça – da casa – que nos espera – se – degrau a degrau – construímos o mundo de volta ao que era…

Se – no fundo – todos caminhamos para o mesmo lar – que diferença será a que uns vão depressa e outros devagar ?...

Se as nossas gentes são maravilhosas – de onde os pensamentos vãos que se sobreponham às suas acções honrosas ?...


Se – aspiramos a ser felizes – de que nos vale um espelho fino, de água – cristalino – se ao se pisar – nos faz perder no tempo sem fundamento e neste tempo turbulento:  

afundar ?...


Avenida Sá Carneiro
Junto ao Viaduto do Combóio
Semáforo Vermelho quese "eterno"

Então...

Os caminhos são os mundos que nos guiam… 

...mundos interiores, esses bem maiores, 
do que aqueles que vemos nascer e crescer nas obras exteriores 
– eis a razão ancestral do nosso mundo material…





S. Julião - Valentia
Antigos caminhos, veredas de peregrinos... 
dos sonhos e dos destinos...
...corredoiras... 
d'ouro entre os verdes pinhos...
que nos trazem os ecos antigos
de mundos vizinhos:
tão perto
como o abraço amigo
que podes dar
a um amigo
que esteja perto de ti a passar...



Sonhado.. 
recriado… 
transformado 
– pelo ato quase sagrado – 
de fazer do sonho algo real…

Gerado, 
estabelecido, 
colocado:

– sobre pilares de fundação 
que nos (e)levem de volta 
ao ensejo mais profundo 
(o que chamamos “sagrado”)… 

som suave 
- suspiro alado -  
que move o mundo 
e sopra em todo o lado…

 latir silente da prosa ausente 
– que se ouve e se não diz… 
que se ve e se não mostra… 
que se sabe e se demonstra 
em cada passo que se atreve 
um ser humano a dar:

 – na coerência, 
verdade… 

devoção:

 sem condição

o que anima o mundo a seguir… 
em frente… 
certamente... 
a girar...

Coerente...

eis essa vereda antiga

 – silenciosa e sempre presente –
amiga
que convida
a que todos possamos caminhar...


poderá ser 

dormente… 
ou
consciente…

desperto ou a sonhar…

Assim sonhamos, 
assim pensamos, 
assim cremos… 

assim esperamos…

Fazemos – o que podemos – em cada momento…

este estranho sentimento que nos guia desde o eterno até ao mundo real…

E deste 

– aspirando, crescendo… caminhando – de volta ao mundo ideal…

Círculos que se entrelaçam 
e nos abraçam 
e nos confrontam 

– e confortam – 
de novo de volta à casa 

ancestral…




Castelo de Fraião - Boivão
Valentia
Entre o Sol e o Luar
Nova terra 
Novo mundo
 a 
Despertar


Assim:

– desimpedindo obstáculos, 
recriando espaços, 
solidificando os momentos baços 

– fazendo rios onde havia pântanos, 

ajudando:

 a mão estendendo, 
entendendo 
– com tempo – 

o que nos dói tanto…

Essa falta de algo… 
que nos espera 
em todo o lado…

que grita e berra 
em cada espaço
nosso
antigo
guardado
preservado
alma de um povo
de um viver consagrado...

… subtil… 
...suave… 
se elevando… 

brisa de Abril 

Que diz

nos estar esperando…

perto… 

tão suavemente perto da palavra “amando”…

 e nós ainda por ouvir 

entre o barulho que se vai elevando…

domingo, 22 de setembro de 2013

Tradições In (con) Clusões

Um autor é INQUESTIONÁVEL... a sua vida, obra e mérito como ser humano estarão sempre ALÉM das obras, placas festivas, comemorativas, correntes ideológicas, louvores, primores e fama festiva que se lhe associa...

Os VALORES que DEFENDE  a pena são os VALORES FUNDAMENTAIS - verdade, coerência... e todos os VALORES HUMANOS como a SOLIDARIEDADE que lhe advêm...

Se uns representam a base sólida e pristina, os outros são a torre que se segue e ergue para alimentar quem deles come - dia a dia - o VERDADEIRO PÃO do seu sustento...

Quem esquece, oculta, transfigura as suas RAÍZES perde a sua IDENTIDADE - seja pessoa, população, povo ou nação... os dias de hoje, são de ALERTA à doença dos média que replicam verdades meias...

e - para nós -  pessoas que as consomem: sem usar a sua própria força de crivagem, o seu bom senso e o apelo aos tais valores fundamentais que dão fundamento a todo o construto cultural humano que se lhe segue...

Se é verdadeiro, positivo e se ajuda algo ou alguém - em mérito - a crescer...

As tecnologias, os saberes e tudo o mais - servem... todos e cada um de nós:

- mais do que a manha, o poder pelo poder fazer, o saber mais ou menos do que alguém... ou a simples vontade de controlar, gozar... gerir ou usufruir - os seres humanos...

são estes os nossos principais algozes e - ao mesmo tempo -  os seus mesmos escravos...

Assim, aqui fica a HOMENAGEM SENTIDA a um HOMEM DA COMUNIDADE e - de novo - O APELO À VERDADE que cada uma das pedras desta cidade berra...

cada ser humano que nelas caminha e delas se alimenta - que pense e sinta - quanto está a vivificar a sua vida e quanta vida - em verdade - está a legar ao resto das suas outras "humanidades"... as dos seus e as dos que lhe são responsabilidade...

Fica o APELO.



Paris no sol pôr?... 
Notre Dame?...





Diz o novo livro da nossa terra "PEDAÇOS DA VILA DE VALENÇA", autoria do Ex.mo Sr Salustiano Costa de Faria, na sua página 17:


 "1º- Invasões Francesas/ Hospital Militar

"Aquando das invasões francesas em Abril de 1809, as tropas do general Soult, assentando as suas baterias na fronteira cidade de Tuy, bombardearam Valença, acertando no Paiol de Pólvora (que ficava perto das Portas do Sol) que explodiu, destruíndo muitas casas na Esplanada, as muralhas e o Convento dos Hospitaleiros. A Abobada das Portas do Sol ficou muito danificada. Ainda Hoje se podem ver os sinais da reconstrução que sofreu."


Notre?...


Ora, nesse então - depois da Libertação de Vigo por tropas irregulares Galaico-Portuguesas (como mostra a placa comemorativa da libertação realizada em Março desse ano e a própria Praça de Almeida junto à Colegiata da que - desde então - passou a ser reconhecida como "Cidade" de Vigo) os Franceses ficaram CERCADOS em Tuy baixo o comando comum das tropas "rebeldes" à ocupação Jacobina (ou "Francesa").


Dame?...


Foi - a "costumeira intervenção" - dos observadores (o passado repete-se no presente) e "aliados britânicos" (que mal foram expulsos 25.000 Francos introduziram nas lusas terras 25.000 Bretões... "...contra os bretões marchar, marchar..." - reza a "Portuguesa" - Hino por todos nós (des)conhecido...

Histórias da "Maria Cachucha"... perdidas dos armários das escolas - tão parcas e "Escolásticas" em repetir verdades "Madrastas" para os valores puros da pessoas de puro coração:

- depois do ultimato que deu termo ao "mapa cor de Rosa" e às pretensões Portuguesas em África... e a consequente "cedência da (fraca e decadente coroa) na altura...

Algo que deu azo a reacção dos amigos Francos  (os outros que não os franceses) - que se deram ao luxo de assinalar em hino, meio conhecido não fosse a mudança específica da letra original prévia à guerra colonial da década de 60 do séc.XX...


Escolas de música de Portugal?...
Parece complexo - não é?...

veja as fotos e percebe melhor... o que nem sequer é para entender - são as voltas madrastas de quem brinca às histórias fazendo dos adultos crianças...



Descomplicando as "histórias" - que se tecem e entretecem e não se explicam nem nada explicam -  a não ser os tempos, as vontades de mandar e as vendas que os historiadores (nas suas "cedências ao poder se dão ao luxo de PERPETUAR):



Valencianos no Beiral -
ou 
Praça de S. João 
ou 
da 
República - 
venha o Monárquico ou o Jacobino e escolha... 
tempo presente ou ausente... 
Photoshop... 
ou 
Real
Verdade
ou 
Ilusão?
Sim...

Ou

 Não?...


Tuy não foi ocupado pelas tropas conjuntas porque os Bretões "conselheiros amigos" assim não quiseram - era "nossa" e não havia lá baterias ou canhões inimigos - eram os nossos a guardar a raia.


A música de Portugal?...


A tomada de Vigo foi do "povo" (não haja o "Cacha Muiñas" e o João Baptista Almeida lá para o lembrar - os generais de Madrid - Jacobinos ou Bonapartistas -  vieram, (junto com os "aliados" que nunca desembarcavam dos seus barcos - tal a sua coragem e determinação em defender esta nossa nação) reclamar para os de costume - os empoderados de ocasião - o que era do povo e da sua vontade de lutar:

- a vitória foi do sangue conjunto e do AMOR À TERRA VERDE , À VERDE TERRA NOSSA...


Porriño...


Valentia, Valença - recebeu a visita de umas tropas mandadas "à pressa" desde Braga - não traziam ARTILHARIA.

As LENDAS que pretendem JUSTIFICAR o que as VENDAS dos Jacobinos fizeram à Igreja e Coroa são sempre as mesmas... (e o que a coroa fazia ao povo desde D. José tampouco se explicam, replicam ou se entendem) - ambas -  não têm ponta por onde se lhe pegue e - em cada vez que um Jacobino procure emendar o erro - aumenta-o em sua medida de mentira em quantidade até à exaustão...


No seu Melhor...


Fica a LENDA contada às crianças - o BRASÃO DE ARMAS das portas do Sol que - na pág 216 do mesmo livro aparece na foto com nome "Festejos de 28 de Maio de 1937.

Alegadamente se vê uma parada militar (em plena guerra civil espanhola - lembre-se) dos adscritos ao "fascio" e no que - CLARAMENTE -  se denota o ESCUDO DE ARMAS:

perdido na famosa  "EXPLOSÃO" de 1809 (com a versão do Sr. Major Pereira de Castro, sendo por cargas explosivas colocadas junto aos muros, seja pela do Sr. Salustiano de Faria, por bombardeamento a estranho paiol desde o Tuy liberto, o certo...)...

é que - foi LIMPO -  nas obras de 1940...

o nosso ESCUDO DE ARMAS de VALENTIA - está lá... em cima... nessas portas  Portas do Sol que se anunciam...


Foto da Exposição: 
"Aves Negras e Brancas" no "Museu Municipal"
Artista - arte da foto, do retoque e do pintar... 
e repintar a história das gentes e do lugar... 
como se fazem as voltas... 
as sete voltas... 
da baralha...



VEJAM BEM


Onde pára agora?...

Na quinta de algum empoderado local?... como é jus da terra?... para que tudo siga igual?...

Nas vendas de algum "historiador" particular... de artes menos claras ou formas de coemerciar várias?...

Na memória de todos os que sabem e calam?...

talvez em todo e - em nenhum lugar...

esta é  a verdade a meias das terras que - podem e devem - ser terras de VALENTIA...



Por enquanto - entre o seu lusco fusco e so seu Meio dia...





sábado, 7 de setembro de 2013

A Barca







Só quando se passa para o outro lado... 

se paga ao da barca como escravo... 
moedas de fogo que queimam um povo... 





só ai se lembra a populaça... 

quem dela come e quem a mata 




- que os tempos são de queimar vidas - 
em cada segundo que passa... 







desempregos, 
famílias partidas, 
escravos de horas que não são pagas... 





que aumentam dia a dia 
- por uma velocidade perdida - 
na roda viva desta estrutura baça...







Despertar 
- nestes dias - 
resulta uma tarefa complicada 

- encontrar no sorriso da pessoa amiga 
uma réstea de esperança

 é como procurar num palheiro 
uma gota de orvalho 
que se perdeu na madrugada...

está lá...

no entanto...

falta...

que...

juntos...

consigamos

evoca-la