Prose e poesia... entre palavras feitas imagens perdidas que vale a pena recordar... e reencontrar;
Timor é Aqui – um caminho de reunião a reunir - passos simples, ecos de pisadas – humanas –
para descobrir, reviver, partilhar e encontrar ecos da mesma vida que nos foram
dados a cuidar…
Jardineiros de um lugar…
Gentes de um mundo simples… novo… humilde.. como a terra que
nos é dado a partilhar enquanto os ecos dos passos passam e pisam sem que a
terra deixe de se iluminar – de verde – entre os rios e os canteiros das vidas
que se podem nela inspirar…
Caminhar…
Procurar em todo o lugar…
e ver – esse relance de vida, de paz, de harmonia – em
pessoas de todo um mundo aqui a passar…
a caminhar – são os passos de um
caminho - peregrino – que leva dias, meses, anos… vidas a se completar…
Depois do regresso – o Ninho ou este Minho – esquece-se...
O
que por dentro sentimos e quanto – em comum – partilhamos…
Ou regressa - dia a dia, ano a ano... como o Sol que connosco se deita e desperta em cada manhã na que de novo erguemos... e levantamos... aquilo que nos une... como irmãos , por aqui "hermanos"...
A alegria da humanidade – própria e alheia – que se entrevia
verdadeira – viver de Sol a Sol, ao caminhar à chuva, ao vento… como quem ama o
momento – sem relógio a pautar – passos e ecos de corações por dentro a ecoar –
tempo além do tempo a se partilhar… chegar ao fim do dia e contar… o quanto se
entrevia e muito mais que havia ainda para se entregar… descobrir… fazer
brilhar… ou sorrir de cansaço, estender um braço… um abraço… um simples aceno e
– mais além do medo – ir deitar… para despertar – por dentro… na manhã escura…
antes de que o firmamento fosse Aurora muda… e de novo – voltar… sabendo – que
ao lado, passo a passo partilhado… nos ecos… em todo o lado desse nosso
caminho entrelaçados.. há sempre alguém com quem se pode contar… que caminha –
amigo… amiga… peregrino… peregrina… desperto na consciência do momento e do seu
valor sem igual…
Havendo alguém e algo… um objectivo simples e um passo amigo - a diário - quando o caminho se faz amargo… algo novo surge por dentro… algo novo, perene e
especial.. que caminha e ecoa no sentir… de toda a gente, no chorar e rir, e assim toda a gente –
aparece – como igual… especial;
Timor.. e esse lugar… onde o caminho se faz destino e o
princípio primeiro – ao último se faz igual… pode ser aqui… entre este vale…
neste rio Risonho… nessas águas de sonho… que lá além… havia tanto… tanto que
esperar…
Para ver surgir, sentir e celebrar...
Nesse verde – perene – que esta terra veio amar.. beijos de
sonho – eterno – que escusamos de recordar…
Timor é aqui… neste sagrado lugar…
onde a água corre… o dia discorre… e as pisadas de ecos… e passos… nessa terra
assim consagrada… entre amigos… irmãos… gente assim entrelaçada… pela terra e
pela própria vida nela consagrada… são ecos de vida amiga – em todos e por
igual…
Ver e sentir… Timor Portugal… sentir na voz o que se mostra
– além de nós…
seja no rio… seja no sonho compartido…
seja naquilo que digo,
que penso, que sinto, que sustento… que me faz- por dentro – ser teu igual…
e
olhar – quem passa… nesse algo.. que caminha e não pára… passo a passo… divaga…
e vai… e vai… sonhos ao vento… despertos… por momentos… num olhar… num eco… ao
passar...
Seja no reflexo de um rio...
Num gesto que se reconhece… por ser de gente... mesma gente…
quem sabe dizer… quem sabe distinguir
Para que os teus escudos
que defendem os teus muros
para que a tua vida
sem a mais valia
que a faz
hoje
outrora
escura e fria?
onde o coração
que latia
onde a coragem
e a mais valia
onde a meta
maior?
onde está o primor
onde a coragemmaior
onde a meta
além da meta
de ser
e ter
semser
e ter
maior
do que a dor
de ver minguar
o que outrora
te fez
ser e brilhar?
Onde o escudo
onde o coração mudo
que grita de dor
onde a coragem
do tempo quepassa
onde o seu regedor?
onde o homem alto
a mulher virtusoa
onde a causa
que se agita
nesta terra que mostra
entre muralhas
e gritos
entre padrões inauditos
as histórias
de
bem
do seu
mal maior?
Que defendem hoje teus muros?
quem albergam de primor
onde as gentes que habitem
os teus becos escuros
onde a vida que se esvai
em dor?
onde estão as metas
e as ameias
onde o que almejas
onde projectas
o teu bem maior?
onde está o pendor
o pendão
o brasão
entre as estrelas
e as torres derradeiras
e as valores
da prata
que se esvai
defendem os teus escudos
hoje mudos
os valores imeteriais
e os valores imemoriais
da vida
saude
justiçã
da educação que se partilha
de idosos
e maiorais?
onde estão afinal
os quepodem mais?
enterrados nalgum beco escuro
nalguma casa de encantar?
onde cantam as crianças
nos jardins
nas muralhas
nos escuros quintais?...
onde habitam hoje
que tens cidades
e ruas
e nomes
e lojas
por demais?
onde estão os lugares acendidos
pela luz
e o brio
de teres de ti nome
que masi não contrasta
que mais valentia
que se arrasta
entre os escudos baços
de quem defende
o que já mais
não passa
por aqui
ou por além
do cais...
Que defendem os escudos
mudos
duros escuros
frios
ecos
de outrora
na que foste senhora
da porta
do Norte...
agora a tua sorte
é estar á espera
na treva
o que aguarda
em ti
desespera
o que habita
já nada mais espera
em redor cresce
o que outrora esqueceste
onde está o cavalo
e o cavaleiro
onde o pasto verde
verdadeiro
onde as histórias
das tuas memórias
escondidas
guardadas
na memória dos velhos
encerradas?
onde se encontram
as armas
que valem
mais do que as lanças
que partem
onde estão
a tua imaginação
a tua capacidade
de ir além
da mera devoção
ao frio ouro
ou ao tesouro
de a lgo que te diga
qual o teu por vir?
onde está a inciativa
de ser diferente
ter diferente
perspectiva
além dos bancos
dos prédios
de tudo o que - até agora
era sempre
sério?
onde o futuro que te embale
onde o projecto que te aguarde
tu patrim+onio
mundial
capital
sempre igual
de algo
capital
por estar
entre um rio
e outro lugar
onde tu ponte de vida
onde tu mais valia
onde tu gente esquecida
onde tu que recuperas
com verdade
e resposta
a verdadeira aposta
naquilo
e naqueles
que são teus
onde deixas
as caras
as faces
que enterras
em cada geração
onde a recordação
dos combatentes?
onde os presentes
dos valenciadnos de chuteiras
onde as pessoas verdadeiras
além das praças
e trapicheiras
que brilhem
sem verdades meias
com luz própria
em ano inteiro
para toda a gentever?
onde está o abrigo
para todos os que te digo?
onde os escudos
onde os muros
que defendam
a verdade
e o brio
dos seus próprios filhos
onde está a lança
e o cavaleiro
onde a espada
de ser verdadeiro
além da maeaça velada
do canhão que mais não dispara
nem a memória apaga
de um rio
que une
mais não separa?...
onde a memória da tua terra antiga
datua origem
que mais não se diga
que afonso
havia só um?
onde está a homenagem viva
às gentes
da tua eterna 2inimiga2
agora eurocidade
e templo comum?
onde os festivais
onde os arraiais
onde as festas comunais?
onde as trocas
e as conversas
e os espaços
para vedades meias
e as ruas
tão cheias
de gentes
de um e outro lado
como os mais de quinhentos naos
de convivio
sem ser pesado
onde a lembrança
dos tempos "olvidados"
dos portugueses do outro lado
do vigo erguido
do porto caido
do napoleão que aqui tombou?
onde o brio
que se desleixou
de ser povo
entre povo
e gente de coragem maior?
Onde as praças
de grandes nomes
e renomes
para gente
"maior"
sejam elas pessoas vivas
emfestas vividas
homenagens em vida
em vez de placas partidas
escondidas
entre as pedras perdidas
de um qualquer monte menor?
Onde estão a coragem
a gente
e a viragem
deste tempo
que maisnão o é?
onde se encontram as flores vivas
que deixas cair a teus pés?
onde as crianças garridas
das escolas esquecidas
onde a soberania
das tuas juntas
de freguesia
onde está a coragem
perdida
de reviver
com mais-valia
o que toda a gente esquecia
que a pátria
perdida
está aqui...
a teus pés
enterrada
perdida
vendida
esquecida
desgarrada
pisada
e deixada
de lado
comprada
aos pedaços
e prestações?...
Onde a terra dos grandes corações?
onde as grandes opções
de fazer viragem
quando tempo
temos margem
parafazer e vivermelhor
que entre uns
e todos
os escudos
e as lanças
e as torres
de grandes bandeiras
recordadas
e os cavalos
e cavaleiros
de vidas passadas
erguidos de novo
como artesãos
de vida
emvida recordados
em armaduras de trabalhos
rusticamente acabados
em lanternas e ruas
de mãos vivas
em vida trabalhados
onde estão os projectos
novos
mais não pendurados
pelos dinheiros
de outros lugares
esquecidos
ou olvidados
ou será que lembras
que o salário do teu pão
escudos
em negro
sobre negro cifrão...
são o mesmo que outrora
antes do tempo da senhora
que vendeu
terra
mar
e gado
e gente para os fazer
e trabalhar...
agora tens
flores
tens primores
ainda tens tempo
espaços
edifícios
tens
capacidades
entrevistas
nas linhas de passagem
nas metas
de miragem
dos milhares que olvidaste
durante anos e anos a fio
agora podes mostrar teu brio
nas fontes davila e lavandeiras
das tuas ferramentes
entre a ferrugem
esquecidas
fazer espadas
revistas
para mostrar
ás gentes e visitantes
e as tuas obras
públicas
entregues
a privadas
de repente
poderão de novo brilhar
com saude
e povo
para as rehabilitar
são projectos novos
inovadores
corajosos
em tempos
nos que os tempos
se esvaem...
são as escolas a gragmentar...
e a privatizar
e aprópria falta de crianças
nas periferias disfarçada
entregues aos grandes centros
para calarlamentos
de que nos falta vida
e é avida o valor derradeiro
a defender afinal
onde o cavalo
e o cavaleiro
onde o escudo
e o teu pendão
para quê o brasão
que chora
o ter em si a penhora
da vida
que se desfaz
ou que se refaz
ilusão
ou desilusão...
onde o sonho maior
onde brilhem
os que choram
e os que riem
lhes deiam
finalmente
a mão?
onde está a terra
que ajuda
de mão a irmão
onde estão os fundos
os meios
a coerência
e a coesão?
onde estão os programas
de rehabilitação
e reinserção?
onde estão os que agora choram
por anos
e anos
de não terem atenção
são os vidros enterrados
nos recantos esquecidos
ou olvidados
dos rios
dos lugares sinistros
vazios
que eramprojectos
de brios
que se esvairam
em nadas
geração
atrás
de geração?...
podes levantaroq ue perdeste
com brio
e força
que tendeste
a esquecer
semmais?
podes recordar quantos deste
ao esquecimento
sem demora
vendo
como voz que chora
o que faziam os teus capitais?
podes esquecer
quantos viste partir
geração atrás de geração?
então que esperas
para desenvolver algo novo
neste polo
de atenção
onde passa
tanto povo
onde se congregam
tantos "louros"
como notas
de vidas
entregas
a dar voltas
e mais valias
a outras paragens
esquecidas
e outras margens
também garridas
que se encontram
a quilómetros
perdidas
da tua vista e atenção...
quantos lugares existem
nas terras que masi não viste
que possam receber denovo
os que despediste
e espiste
de honra
de brio
deincentivo
de objectivo
devida...
vazio
por repetir
constante
mente a mesma
e triste canção?...
Tens tanto, tanto para ser
tens tanto
tanto para dar
olhar as tuas paredes
e ver
quantos quilómetros cedes
para actividades
protocolares
de colaboração
entre instituição
entre pares
entre humanidades
entre gentes
e lugares
entre culturais rurais
porque não?
entre os outros cantares
de lugares pares
que tem as tuas mesmas feições
que são espelhos
de vida
que s emostram dia a dia
em cartazes
de mais-valia
que protestam
dia a dia
pela mesma doença
doentia
de desertarde vida
o que é seu
por direito
de nação?
sejam os lugares de saude
que se fazem pagos
como bancos
de escravos
diários
sejamas escolas
que se esvaem
a caminho dos montes
com cartazes que gritam
aqui não!
sejam os tribunais
que cortam
os seus vitrais
com anuncios bem claros
nao calamos
nao calamos
nao calamos
e tu
que fazes?
olhas para outro lado
abres lojas~mais prédios
menos cartazes
mais milhares
do que gentes capazes de sustentar esta nação de meio metro entre rio e rio
de gentes de brio de potencial por melhor?
que fazerpara suster´
o que aqui se pode conter?
quantos projectos locais
fazes valer
de forma oficial?
quantos ajudas a participar
quantos dos teus trazes a colaborar
entre chocolates
e calhos
e jantares varios
e caldo verde de outro lugar
que raio estás aqui aplantar
entre tanta pedra que tens
entre tantovalor
que netrevês...
onde está a coragem afinal?...
onde está o escudo
que defende
a prumo
a vida
qu se esvai?...
que defendes tu afinal?...
(quando as tuas lanças forem rosas - preciosase briosas - libertas e torneadas, de lanças em rosas à mão buriladas - no teu jardim plantadas - para defendersem fender o peito das tuas crianças em mestras transformadas... quando os teus maiores brilhem - dia e noite fora - além dos espectáculos la na senhora - e sejam filhos da terra dignos toda a vida como sempre foram... quando os teus senhores e senhoras ajudarema dar a mão... emvez de estarem nos bares e tendas a prestar atenção ás lendas do cifrão - então teremos paz nesta terra onde sobra o pão - contar as caixas que crescem ... da a ideia do que prevalece... e do que falta... e do que não...);