quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Os caminhos do encontro... ecos de mil anos num passo... poemas a entrelaçar... vidas a reencontrar...

Prose e poesia... entre palavras feitas imagens perdidas que vale a pena recordar... e reencontrar;


Timor é Aqui – um caminho de reunião a reunir  - passos simples, ecos de pisadas – humanas – para descobrir, reviver, partilhar e encontrar ecos da mesma vida que nos foram dados a cuidar…
Jardineiros de um lugar…

Gentes de um mundo simples… novo… humilde.. como a terra que nos é dado a partilhar enquanto os ecos dos passos passam e pisam sem que a terra deixe de se iluminar – de verde – entre os rios e os canteiros das vidas que se podem nela inspirar…


Caminhar…

Procurar em todo o lugar…

e ver – esse relance de vida, de paz, de harmonia – em pessoas de todo um mundo aqui a passar… 
a caminhar – são os passos de um caminho - peregrino – que leva dias, meses, anos… vidas a se completar…

Depois do regresso – o Ninho ou este Minho – esquece-se... 

O que por dentro sentimos e quanto – em comum – partilhamos…

Ou regressa - dia a dia, ano a ano... como o Sol que connosco se deita e desperta em cada manhã na que de novo erguemos... e levantamos... aquilo que nos une... como irmãos , por aqui "hermanos"...

A alegria da humanidade – própria e alheia – que se entrevia verdadeira – viver de Sol a Sol, ao caminhar à chuva, ao vento… como quem ama o momento – sem relógio a pautar – passos e ecos de corações por dentro a ecoar – tempo além do tempo a se partilhar… chegar ao fim do dia e contar… o quanto se entrevia e muito mais que havia ainda para se entregar… descobrir… fazer brilhar… ou sorrir de cansaço, estender um braço… um abraço… um simples aceno e – mais além do medo – ir deitar… para despertar – por dentro… na manhã escura… antes de que o firmamento fosse Aurora muda… e de novo – voltar… sabendo – que ao lado, passo a passo partilhado… nos ecos… em todo o lado desse nosso caminho entrelaçados.. há sempre alguém com quem se pode contar… que caminha – amigo… amiga… peregrino… peregrina… desperto na consciência do momento e do seu valor sem igual…

Havendo alguém e algo… um objectivo simples e um passo amigo - a diário -  quando o caminho se faz amargo… algo novo surge por dentro… algo novo, perene e especial.. que caminha e ecoa no sentir… de toda a gente, no chorar e rir, e assim toda a gente – aparece – como igual… especial;

Timor.. e esse lugar… onde o caminho se faz destino e o princípio primeiro – ao último se faz igual… pode ser aqui… entre este vale… neste rio Risonho… nessas águas de sonho… que lá além… havia tanto… tanto que esperar…

Para ver surgir, sentir e celebrar...

Nesse verde – perene – que esta terra veio amar.. beijos de sonho – eterno – que escusamos de recordar…

Timor é aqui… neste sagrado lugar… onde a água corre… o dia discorre… e as pisadas de ecos… e passos… nessa terra assim consagrada… entre amigos… irmãos… gente assim entrelaçada… pela terra e pela própria vida nela consagrada… são ecos de vida amiga – em todos e por igual…

Ver e sentir… Timor Portugal… sentir na voz o que se mostra – além de nós… 
seja no rio… seja no sonho compartido… 
seja naquilo que digo, que penso, que sinto, que sustento… que me faz- por dentro – ser teu igual… 

e olhar – quem passa… nesse algo.. que caminha e não pára… passo a passo… divaga… e vai… e vai… sonhos ao vento… despertos… por momentos… num olhar… num eco… ao passar...
Seja no reflexo de um rio...

Num gesto que se reconhece… por ser de gente... mesma gente… quem sabe dizer… quem sabe distinguir
Que o Ser… se mostra

Que o ser
Que se demonstra
Que o valor
De quem vai
E quem volta
É valor sem mais?...

Quantos de nós
Somos
O que passa
O que vai
O que regressa
O que cai
E retorna
E torna
A casa
Maior
E mais bela
Ou por ela
Desespera
Por sentir em falta
A raiz
A água
Que corre
O verde
Que esmorece
Entre tanto verde
Que se vê…

Quanto mais
Se pode partilhar?

Entre este ar
Que vem do Mar..
Que vem das árvores 
que nos foi dado cuidar

Que vem por dentro
Se respira
Nos faz
Sendo
E às vezes
Querendo

Semelhantes

Por vezes
Mais

Saberás…
Saberei
Dizer

Para onde vai
E de onde vem?...

Saberás
Saberei
Definir
Por quem
Em quem
Para quê
Porquê…

E
Onde
Se encontra
Esse algo
Que vês
E crês
E sentes

E...

Nem sabes
Nem vês
Nem compreendes
Que assim

És?...

Eu não sei…
Algo
Por dentro
Além do tempo

Mo diz
E to diz

Assim que o lês…

Timor
É aqui…

Em ti
E em mim

E em quem
Assim
Ousar
Afirmar
Viver
Sentir
E amar…

Coisas estranhas
Que as próprias palavras
Deixam entrever

Que as rimas e voltas
Das mais diversas voltas
Que se mostram
porque assim
algo
em ti
se fez...

Esquecem
Ignoram
Sabedoras
De que existe
Mesmo que
Humilde
Passe
Perene
Serena
Sereno
Além tempo
Entre o tempo
Entre as distâncias
Se faz firmamento

Parecendo

Igual
Sem mais

Chão que pisas

E

Na noite
Quando sonhas

Se esvai…

E de novo te ilumina
Quando o dia
Chega
E define
O que algo sublime
Colocou entre
Tu
E eu

Para recordar…

Reflexos

De espelhos
De um mar
De um passo
A passo
Num pequeno
Balanço
Numa barca
Que navega
Num ecoar
Que se entrega
Sem sequer
Se notar

Estás tu
Ai
Para o recordar?

Estou eu
aqui
Para to lembrar?...


Timor pode ser aqui

Está dentro
De ti
E de mim

E de quem
Assim
Quiser
Partilhar…

Caminho…
de vida

Entre palavras
Rimas

Mais-valias
Do valor

Que tu me dizias
Enquanto lias

Ser
Verdade
Ou “verdad”...

O caminho passa…
Uma pequena linha de água

Timor é aqui
E ali?...

Timor é também
Para quem diga
Que sim
Que ali
Também
O têm…

O caminho
A gente
E o bem

O valor contido
Entre duas palavras
Entrelaçado
Estendido

Entre um mesmo
olhar

Querido
Reflexo

De um rio
Que une
Por dentro
Seja no estio

Seja no verão 
mais garrido

Que se olha
De um lado
Ao outro
Estendido…

Reflexo
De uma forma
De ver
Sentir
E amar…

Para quem quiser
Ver
E quem quiser
Partilhar…

Timor
É aqui
E é além…
E mesmo
Mesmo
Acolá…

Pelo que nos une…
E pelo que aparente

Mais não separa…

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