sábado, 5 de outubro de 2013

ERA - uma vez.... uma única e pequeníssima... niquíssima... racio-nalíssima... VEZ






Um ser humano particular…
que vestia e despia a bata
– como se fosse coisa banal…


Era uma vez
Um outro ser
Que também era humano sem o saber

Um e outro
o mesmo ser
aquele que sofria
o que melhor queria
ajudar
a melhor viver...

Era o que se atrevia
A pedir que lhes dessem
Outra vida
Além da vida que lhe queriam vender…

Entre um e outro havia
Sintonia
Da vida que lhes tinha sido dado a
ouvir, ver e “amar”

Um pedia ter  tempo
Outro queria era despachar

No fundo – perdiam todos
Quando esqueciam o seu lugar 


Que é ser humano – não cobaia
Zeros números que nos querem mandar

Um tinha brio em ser gente
O outro queria o seu próprio lugar
Um procurava dar abrigo de repente
A tudo o que lhe quisessem enviar

Entre uns e outros se arranja
A vida que quisemos inventar
Uma é vida escrava
A outra nos pode libertar…

Se pensares que tens pressa
– pára! -
Há mundo depois do luar

Se quiseres  ser número entre números
Vai  e leva
As picas e injecções estão lá para te ajudar

Assim – escuta e escolhe
Amiga, amigo do lugar
Ou és  dos que chove - não “molhe”
Ou és dos que queres contar…


Entre os números “clausos”
Rácios inventados para ludibriar
Há um tempo sem tempo
Que é só teu e meu para entregar

Ninguém pode ter
O que é de todos por igual

A vida

Nem tem conta
Nem se vende
Nem se compra
Nem se transcreve
Nem se ludibria

Em linhas fictícias
cifras
 usadas para enganar

Assim  pondera
Tu que vens a este lugar

Se queres ser parte da gleba
Ou se queres ser tu a mandar

O tempo é infindo
não tem compartimentação
é escada  – subindo
Nos leva de volta ao COR AC ÇAO


Assim – esclarece de repente
Aquilo que te estão a contar

O tempo que dás ao tempo
É tempo para te libertar

Se queres ser escravo – corre
Vai atrás da bola ao luar
Se queres ser livre – VIVE!
Não há pressa que te possa mandar

Se vais com o tempo que é parco
Se corres atrás do relógio parvo
Se queres ser parte do quinhão

Palha entre burros tiranos
Prisioneiro entre outros escravos
Então agarra a pequena nota que te dão

mão em mão

Se queres ter pressa – corre
Se queres ir  - vai devagar

Se quiseres –escolhe
Há sempre tempo para voltar…

Assim andam os tempos - marados
Nestes paragens do litoral
Antes eramos livres e pobres
Agora somes ricos  sem mar

Até logo te conto
Neste conto de nunca acabar
Os que se despertam são poucos
os  dormem – mais do “milhão”…

se tudo tem fim e princípio
se tudo é mera ilusão
vive tu o teu início
começa uma nova canção…


há sempre tempo no tempo
há sempre tempo de antemão

se as tuas  palavras se confundem no vento
tu vai e voa até ao firmamento…
aqui em baixo ficarás ao relento

lá em cima - serás meu irmão!…

esta é a voz do vento
que sopra em ti

e em mim

inflamando a verdadeira raíz
do nosso interno coração

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