feiticeira, mulher honrada, mulher de virtude
em tod aa Galiza nomeada
mulher que deste origemáo saber amar
ao saberdar atenção e cuidar
à Enfermagem que se diz moderna esquecendo o Saber Amar...
Maruxa... chamada Bruxa... de Mar Uxia tu és...
de marés bem fazejas... de sensibilidades Meigas" meiguinha" pois tu és...
ser de saber... da terra, das florações, das árvores das vidas e das estações...
das tradições mais antigas e dos verdadeiros corações
que vês sem falar e que nos contas sem revelar...
assim tu foste e és
pilar e Mãe
e da terra verde assim ensinas
o amar, o cuidar, o aceitar e depois o reerguer
devagar
pouco a pouco
a raiz profundaó solo a teus pés
o que te pode sustentar
e o verde de amar
e o verde da terra verde que estás a pisar
até aprenderes a Ver verde de Amar
neste terra verde que entre lendas e Mar Uxia
se conta sem nunca se contar
se fala
sem te falar
se ouve e se sente
para aquem assim ousar entrar
dentro do seu templo silente
e ali contente
ousar ficar...
Erva de S. João ou Hipericão
Costume de se usar com lume e se purificarem ambientes
anti-séptico natural...
São Jão, S. João que recordação...
Gurda a tua memória e o povo o fogo de purificar e as "ervinhas de bem namorar"...
negras as vestes escuras lápides
pedras silentes e frias e ausentes
de um e outro lado se eruguiamé guerra à vida faziam...
chega desta lacra´
chega desta praga
que entre a sombra de onde veio
se esconda e se esvaia
venham novas luzes
veros luzeiros
que tragam ventos novos
de vidas não truncadas
e os firmes esteios
de firmes e fortes raizes renovadas
e cuidado com as papoilas vermelhas - Filhas dessas "eras" que são trazidas para matará propria vida que juraram guardar... umas por chazinhos de dormir - outras por entre a vida interferir... te vejo e te canto - e te guardo - senhora da vida, a das tres faces - nem atua vontade chegue para para da vida o rio enquanto outro«a via ou vida tu requeres e fazes...
estamos atentos - olhando-nos como espelho...´
estamos atentos...
fitas de maios
postes vivos e centenários
jovens a se entregar
num momento ridente
uma mesma dança
quase perene e ausente
na que se vão entrelaçar
fitas de vidas garridas,
tão jovens e protegidas
pelos anciãos e anciãs dos dias
Guardiães e Guardiãs da cultura
ancestral
grandes árvores ainda erguidas
neste “nosso” especial lugar
e os que vêm e rejubilam
qual esses fogos vivos…
de novo a se mostrar
que a força da vida guie tua mão e intenção
que a forte corrente
de nascente
em peito vestida
que a viva fonte
de vida te oriente e se demonstre
jorro de coração
por vera e pura intenção
corações de novo amigos
assim de novo reunidos
em suas próprias cadências
a se reencontrar
em aragem de oeste e de norte
indo além da imagem da morte ou da sorte
... lembrar… evocar…
Estrela de esperança reflectida
entre o plácido luar assim sustida
num suave ondular de Mar de Amar
assim mantida.. na retina.. na senhora
menina
que ainda aa souber lembrar
Erva de S. João - anti-depressivo, anti-inflamatório
Antiséptico usado em forma natural, local e tradicional
um incenso que se usa de forma intemporal
aqui nascido
aqui criado aqui mantido pela terra fértil e vina
terra verde nossa
pelo S. João evocado
cortes antigas, lendas entre cantigas
coisas que nos digam
que o fogo não nos pode queimar
pois é fogo interior
que por sempre iremos levar
e dançar até ao sol nascer
uma tradição ainda viva
que não se poderá esquencer
seja O norte a direcção escolhida
apontada…por essa estranha força
assinalada
para onde voam gaivotas deste nosso mar
como nome de titã – sendo atlântico
beijando solos jucundo
beijando com vela de amar
todo o mundo
e depois de se amar – desde esse mar De
Amar
o ver… ser a regressar
qual rios de vida
éntre vidas aqui a se acolher e amparar
porto de graal – e bem amar geral…
queimar para purificarém vez e sacrificar
vidas novas entrelaçadas
como taças de vida irmanadas
sejuam assim bodas celebradas
flores de vida de agua e sal
entre terras verdes e copas de sangue real
de onde vêm as vozes mais fortes
as que ainda se atrevem a não naufragar
a não afogar na mentira a verdade
de saber estar e ser e se entregar…
entre
esta tempestade que nos açoite
fazer de um rodopio um archote
de luz viva de novo a mostrar
o caminho aos que venham e queiram aqui reacender
vidas e raízes plantar
e assim de novo de vida a vida aqui
voltar a ver germinar
sendo nós essa gente – garrida – que se mostra
no bem receber, nesse bem a se fazer e nos cantos e voltas e fatos de cores
vivas anos mostrará nossa própria alma meio esquecida
entre a flor das águas
do orvalho
do rocio do mar mais sagrado
estende-se uma semente
uma triste gente
entre as ondas da vida vogando
entre a mar uxia pairando
essa estrela amiga
conselheira
e figidia resplandece noite e dia
quando assim se vivifica
cantando
em louvor de oração
se entoando...
sobressaído
de onde se encontrava escondida
e assim sendo – qual força de vida –
acolhida
acolhendo
quem aqui quiser estar
em terra de bem fazer
entre gentes de bem amar
reaprender juntos a nos reencontrar
assim sendo…
assim nos transcendendo…
assim de novo reerguendo
gente e terra e cultura e lugar
assim em conjunto
nova barca, nova arca…
nova Nau de vida assim juntos edificar
navegamos nós mundos
de amores e de encantos e encontros profundos
para que essas sementes e raízes candentes
venham a esta terra fértil assim
aqui e a gora de novo se entrelaçar
regressando de onde partiram
reconhecendo assim seu novo e antigo
lugar
entre os lugares ainda vigentes
onde vida nova se possa assim imaginar e
sonhar
e ajudar a concretizar
em sementes firmes – de rosto contente
enre as nossas belas e lindas gentes
flores novas de vida e pureza aqui ver
germinar
flor vermelha e azul
flor de são joa que reluz´purificada´pela chama e pela maresia mais sagrada
assim em vida de novo entrançada
assim qual corde harpa
retemperada
assim qual a imaginação dizia
em sonhos d enoites esquecidasnascem dias de esperanças...
entrelaçadas
quais novas linhas
de folhas e de linhas esquecidas
ainda entre nós veladas
por nós assim rezadas
qual palavras rimadas
quais linhas de vidas assim unidas
em ficar entre as calendas esguias guiadas...
neste tal porto de vida
a que sempre assim se soube nomear
neste porto de abrigo
enquanto tempestade assim obriga
força “eferida” que por ai se encontre a
grassar
enquanto a força da vida
a nossa, a aqui velada, protegida e
guardada
sustida e amparada
para que nada de nada a possa deturpar
entrelaçar as sementes dormentes
as linhas que eram frias
outrora quentes
desenvolver devagar
sem mais divagar
ó que nos sustente elaimente
enquanto o mundo em derredor se transformar
e entre as nevoas de novo alimente
esse triste canto de encanto sem se notar
e de entre as nevoas
assim passar
a ser de novo viventes
sem deixar atrás a imagem real
que nos fundamente
sem de novos se perder o norte
e vida
e imagem
além sorte
nesse tal confiar
esse tal afinar de fé
entre a linguagem que por dentro te lê
e que por fora ainda mal se pode mostrar
que se ve no mesmo olhar´que se reflecte sem dor
além do que se possa assim tocar
dando assim fluir e fruir às águas puras
que brotem de coração veraz
assim vendo, assim sendo
assim garantindo com as forças mais
antigas tecendo
linhos novos para se poder cantar
e colchas de branca alvura nas noites de
núpcias as e estender
por louvor a bem se fazer
por amor a se doar
sem Ser a se vender,
sem tempo ou abraço devido a comprar
ou em medo ou artificio ilegítimo a se
entregar
lembrar
evocar
despertar
o bem viver e o bem fazer
que ainda é aqui futuro risonho
tesouro mais prezado que o oiro
bela luz a se mostrar
entre estas esperança
aparentemente vazia
em face luzidia
renomeada
em maça de rosto corada
entrevista e assim amparada
em entrega de simplicidade e vida
coroada
uma e outra luzes de vidas
uma e outra chamas contidas
a vermelha e amarela
a azul everde
a mais eloquentea que paira
sobre as águas
e luzidia íncendeia quem passa
e nos mostra
de nós a sua enorme graça
seja assim entregue
qual presente
e alma e vida nova alimente
coração que fala
em aragem diafana
assim se encontra
além do que possa
a opção do dia dia encontrar
bem que aqui se refaz
neste jardim de estrelas bem iluminadas
de verdor e de festas bem marcadas
de gentes simples tão sábias e
consagradas
ao saber dos dias, das flores, da terra,
dos amores
dos mil amores neste terra também coroada
nas sementes, nas plantas, nas memórias
fulgentes
de quem saltava fogueiras com Flores de
S. João
para ser de purificação… hipericão para
as gentes de agora
pequenos “milagres” de outrora
que purificavam a terra, a gente, o gado
e a tradição corrente
que alecrim é também…
assim com agua e fogo
se faz bem
puros assim ficamos entre água e chama assim
falamos entre serra e grande pedra e mar
de amar
é lágrimas de iodada condição assim a
nos purgar
esses festivais a beira mar plantados
as peregrinações que vinham
advinham desde todos os lados
de novo se voltarão a erguer e agrestes
de antigo saber
para eu não andem jovens assim desmandados,
nem adultos assim ,al criados
aprendam que os nascimentos
- se fossem dos maios –
não estavam trancados
– pois nascem em janeiros de Invernias…
e que as festas de purificar aconteciam
– nas vidas de todos os dias e nos
lugares de encontro e devoção…
Espalhados entre os altos outeiros;
verdes e verdadeiros
– e por toda a costa – em lugares
propícios – de quartzos fulgentes assim manifestos
Hoje perdidos – como na Praia Norte em
Viana – assim em lendas contada… ou nessa Muxia escondida – ou ni«o Irago monte
antes do acmpo estrelado – escondidas para quem procure – mostradas por dentro
a quem é a bem como passado e antevê seu futuro sobre essa rocha de vida além
do ser escravo que aninga perante a cenoura do patrão assim mostrado…
ainda que o mundo mude os nossos sentidos
e nos leve para longe de nós
algo ainda arde
e nunca nos deixará sós
onde só chega
quem não tem medo
de naufragar
ir além coragem
e se entregar
ir além do vento que passa
da aragem
e por fim ali chegar
e os sabedores – patriarcas e matriarcas
maiores
assim os levavam
asssim os ajudavam
nesses lugares que a onda restam
como o da antiga barca
que “muxia” - não sendo qual vaca os
altares antigos refulgia
Que tem as pedras ainda antigas
nas que o marem roda cantava elevando ecos
De sustento, alimento e cura
assim também curava e colocadas
de determinada forma em determinadas
distancias
Ecoavam ecos maiores é se reverberavam
E com a água do mar e com o que por dentro
ainda vemos
que se punha a fumegar
Assim transformavam o humor de quem
caminhara
Pelo ardor do dia e pela noite “ensombrada”
assim pernoitavam…
… assim “peregrinavam”…
…. até esses templos de louvor…
de amor maior, de bem fazer
ali celebravam
Entre quem depois os tempos perdia
os templos antigos – de vida - tombava
pedras
de quartzo corrompida, partidas, levadas e tombadas
piezoeléctrico efeito fendia e a cura
matava
E ignorando
Ou assim odiando- esquecia
Ou assim pretendia entender
Que a terra, a vida, o mar e a rocha e a
árvore viva
De novo diriam
Aquilo que pretendeu em sua sina
esconder
A tradição mais antiga e mais bem
guardada
nesta nossa terra, desta nossa terra a
mada
Que é assim sua e livre
A mais nossa e a mais bem preservada…
entre o fogo e água
além da costa da Morte
a Norte nomeada
além do cantábrico - atlantico ser que nos deu nome e morada
além do que nso é dito e contado
assim sentido e vivido
assim de novo evocado
em céu agreste estrela vespertina´transformada
em esperança de novo assim invocada
e o saber´candente e silente
seja esperança de renascimento assim roda de vida espiralada
seja que a luz do olhar volte
seja que luz em redor seja de novo vista e vivenciada
seja que salta entre a luz que assim ajude
a purificar a visão, o saber e o bem querer´mais não se vele
nem guarde´nesse belo e simples amanhacer
seja nessa noite de magia ainda celebrada
seja nessa coca assima inda nomada´
seja nessa beleza da floresta antiga não violada
seja nas gentes que guardem
a nossa cultura antiga assim preservada
seja nas rochas vivas
ás que cantavam
entre o nascer da aurora e o sol por e lua assim em clamor e luz estrelada
sejam os fachos na noite
acesos na costa
de gente ali congregada
por cantos silentes e saberes ainda ausentes
por terem sido
de entre as gentes
qual voz apagada
que voltem os tempos
os velhos de raizes firmes
as senhoras de alta luz em pleno olhar gravada
que voltem os seres da nossa cultura antiga e bem alçada
cultura digna e viva entre a cultura de morte entre nós implantada
que da torre mais alta
jorrem os raios de vida
em gotas de luz e vida transformada
que a terra verde os acolha
e fertile o ser de terra fertil
´plena e prenhe de vida
tal como assim se conserva e ainda assim se guarda e aguarda
que as gentes voltem a ser livres
para cultuar um pouco de tudo ou de nada
jovens que hoje reclamam vida
faltando o sentido e a luz de quem sabe de quem pode e não manda
de quem o é e mais nada
dessas linhas tão sublimes e antigas
nossa vida, nossa luz
nosso saber oriundo desta nossa propria terra
a verde,a fértil, a viva e bem amada...
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